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Por que comemos tantos ultraprocessados? - contexto social

  • agiteexplica
  • 26 de out.
  • 2 min de leitura

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A urbanização, com certeza, é um dos fatores que impactam nos nossos hábitos, afinal, quem tem um pézinho de manjericão em um apartamento em São Paulo já é quase considerado um grande agricultor rs. Nada de hortas ou animais no quintal e sim, muitos “mini mercados” dentro dos prédios com produtinhos nada saudáveis e super práticos.

A mulher também foi inserida no mercado de trabalho, tendo menos tempo para cuidar da cozinha e das refeições - o que deveria e deve ser função de todos aqueles que mastigam em casa.

Também temos os hobbies que viraram quase que uma obrigação: todo mundo fazendo triathlon, pós graduação, aula de cerâmica, clube do livro, acordando às 5h05 para ler Café com Deus Pai. O tédio é quase um desconhecido - não tem o que fazer? É só abrir o celular e ficar rodando vídeos e mais vídeos, jogar joguinho, assistir séries ou fazer compras online - vivemos sempre ocupados.

Para acompanhar essa rotina, vieram os congelados, os prontos para comer e os “3 minutos no micro-ondas". Só que junto com a praticidade, veio também o excesso de sal, açúcar, gordura e aditivos…

Aqui o problema não está no de vez em quando (não posso ser hipócrita, adoro chocolates, balinhas e uns salgadinhos por aí), mas a questão é mudar o nosso padrão de alimentação… Segundo a POF, Pesquisa de Orçamentos Familiares, a compra de alguns alimentos in natura, clássicos das cozinhas brasileiras, caíram muito entre 2002 e 2018:


  • Arroz: 37,4%

  • Feijão: 52,3%

  • Batata inglesa: 23,8%

  • Farinha de mandioca: 70%

  • Farinha de trigo: 56,1%

  • Macarrão: 27,3%

  • Carnes bovinas: 21%

  • Carnes suínas: 14,3%

  • Leite: 41,9%

  • Açúcar cristal: 50,3%

  • Açúcar refinado: 39,3%


Já a aquisição de ultraprocessados aumentou 55,9% nesse mesmo período.

Se a população brasileira está comprando menos desses produtos minimamente processados ou in natura, consequentemente, está consumindo menos… E cozinhando menos… Mas esse vai ser papo de outro dia!


 
 
 

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